domingo, 4 de julho de 2010



Durante o mês de Julho vão ocorrer duas exposições de obras da autoria de Aníbal Ruivo: na Biblioteca Municipal de Albufeira, cuja inauguração é no dia 08/07 pelas 18h, e na UAlg, campus das Gambelas, cuja inauguração é no dia 09/07 também pelas 18h. A não perder.

sábado, 3 de julho de 2010


Aníbal de Jesus Ruivo nasceu em 1935, na então vila de São Brás de Alportel. Desde cedo demonstrou uma aptidão artística fora de série, que se materializa num percurso escolar sempre ligado às Artes, desde a Escola Comercial e Industrial de Faro, passando pela Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa, e frequentando, por fim, a Escola Superior de Belas Artes. Terminados os seus estudos, volta à sua terra natal para leccionar, nunca deixando de pintar e esculpir.


Jarra com Flores (1959)


Crucificação (1967)

Em 1962 parte para Moçambique, também lá leccionando e produzindo arte. As paisagens e ambientes africanos tornam-se numa grande inspiração para Ruivo, que se pode observar na sua arte mesmo após o seu regresso a Portugal em 1975.


Mercado Indígena e Acordionista (ambos 1989)

De volta ao seu Algarve nativo, Aníbal Ruivo lecciona durante anos na Escola Secundária Tomás Cabreira e na Universidade do Algarve. Pintor e escultor prolífico, a sua obra, embora em constante desenvolvimento, demonstra sem excepção o seu cunho impermutável.


Nú (2001)


Porquê enveredou pelo caminho da arte, e a partir de que momento da sua vida se considera um artista?

O porquê não tem explicação, ou então é muito simples. Costuma dizer-se que “a Arte nasce com a pessoa”, acontece naturalmente. O gosto pela arte existiu desde sempre que me conheço.




Pórtico (1998)

O que é que o inspira, e o leva a iniciar os seus processos criativos?

A inspiração vem das nossas vivências, do nosso mundo envolvente, tudo conta; as pessoas, coisas… mas também depende muito do nosso estado de espírito no momento.



Sem Título (2008)


Torso (2004)


Consegue identificar um objectivo concreto, consciente ou subconsciente, comum por detrás das suas criações artísticas?

Um objectivo concreto: deixar sempre uma porta aberta, provocando e arrastando a imaginação do observador, para a descoberta de novas possíveis leituras.

A Bela e o Monstro (2007) Guerreiro (2004)

Como imaginaria a sua vida sem arte?

A minha vida sem arte, tal como a encaro hoje, seria uma tremenda solidão. É preciso não esquecer que a arte é a companhia da minha vida, todos os dias.